23 de setembro de 2021
Dentre as múltiplas áreas e setores da economia cearense, o comércio internacional tem sido uma das que mais houveram conquistas em 2021. Com recordes tanto nas exportações como importações (1,68 e 2 bilhões de dólares respectivamente), o Ceará tem se tornado um forte agente econômico no país, especialmente com os Estados Unidos, com quem tem estreitado relações. Segundo estudo do Center for International Business (CIN), com base em dados do Ministério da Economia do Brasil, o Ceará é um dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos no país, ocupando o 6º lugar como estado brasileiro de maior relação de exportação com os Estados Unidos. É cerca de 6% do total negociado entre Brasil e EUA e, entre 2020 e 2021, representando uma expansão de 128%. Apenas em 2021, 64,2% das vendas internacionais do Ceará foram destinadas para os Estados Unidos, o que é um valor bastante significativo. Se analisarmos que o Ceará exporta para 128 países, mas os Estados Unidos respondem por mais de 64,2%, vemos claramente a concentração destinado ao mercado norte-americano”.
Ademais, durante o governo de Donald Trump, foram assinados acordos que previam a diminuição e até abolição de algumas barreiras não-tarifárias, simplificando e extinguindo certos procedimentos burocráticos, além de prezar por boas práticas regulatórias e medidas anticorrupção. Em outubro de 2020, a menos de 15 dias das eleições presidenciais do parceiro americano, as projeções da Organização Mundial do Comércio (OMC) eram de que as medidas de facilitação poderiam reduzir em até 13% os custos de exportação para os produtores, e a adoção de boas práticas regulatórias poderiam cortar em 20% as despesas para exportadores.
Voltando os olhares para o Ceará e os resultados de tais acordos bilaterais, há um aumento das exportações por municípios cearenses e a grande expectativa para o futuro do Ceará, com destaque para Ubaraja (crescimento de 1.992%) e Sobral (319%), além da manutenção do crescimento das principais cidades exportadoras: Fortaleza (9%), São Gonçalo do Amarante (31%) e Caucaia (24%).
Fontes: OPOVO; FIEC