Estudo da ANTAQ indica que preços de THC para contêineres refrigerados nos portos brasileiros são menores do que nos portos internacionais

Estudo da ANTAQ indica que preços de THC para contêineres refrigerados nos portos brasileiros são menores do que nos portos internacionais

18/11/2019, 15h00.

O estudo, desenvolvido pela Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade – SDS, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ apontou que o valor médio de THC para contêineres refrigerados, tanto de 20 pés quanto de 40 pés, divulgado por quatro grandes transportadores marítimos – CMA-CGM, ONE, Hapag-Lloyd e Hamburg Süd, para os principais portos brasileiros na movimentação de contêineres está significativamente abaixo dos valores divulgados para o conjunto dos demais portos do mundo pesquisados.

Os valores para o THC de Santos como porto de origem da operação portuária variaram de US$ 207 a US$ 266 por contêiner, dependendo do transportador marítimo.

Tendo como origem o porto de Buenos Aires, tais valores variaram de US$ 265 a US$320 por contêiner. O porto de Roterdã variou de US$ 336 a US$ 347. O porto de Hamburgo de US$ 286 a US$ 396. Já as cargas com origem no porto de Hong Kong variaram de US$ 299 a US$ 473 por contêiner.

Tal comportamento, provavelmente, se dá pelas negociações entre os grandes players exportadores de produtos refrigerados brasileiros e as empresas de navegação. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil exportou, em 2018, 1,64 milhão de toneladas de carne bovina, consolidando-se como o principal exportador mundial de proteína.

No estudo da ANTAQ, foram analisados dados dos 40 principais portos internacionais envolvidos no comércio exterior brasileiro, os quais representaram, em 2018, 80% da movimentação portuária, na importação ou na exportação.

Os portos/complexos portuários brasileiros considerados foram: Santos (SP), Itajaí-Portonave (SC), Paranaguá-Antonina (PR), Rio Grande (RS), Itapoá-São Francisco do Sul (SC), Manaus (AM), Suape-Recife (PE) e Pecém-Fortaleza (CE), que, juntos, representaram 85% da movimentação de contêineres do país, em 2018.

A Taxa de Movimentação no Terminal, (Terminal Handling Charge – THC, em inglês) é o preço cobrado pelos serviços de movimentação de carga entre o portão do terminal portuário e o costado da embarcação, incluída a guarda transitória das cargas pelo prazo contratado entre o transportador marítimo, ou seu representante, e instalação portuária ou operador portuário, no caso da exportação, ou entre o costado da embarcação e sua colocação na pilha do terminal portuário no caso da importação.