Biden pressionado para solucionar problemas de congestionamento nos portos dos EUA

15 de junho de 2021 | 09:00

Ontem, a America’s National Retail Federation (Federação Nacional de Varejo da América) pediu ao presidente Joe Biden para interceder e ajudar a solucionar o problema do congestionamento dos portos, pois os varejistas estão enfrentando uma época de pico muito complicada.

O presidente e CEO da NRF, Matthew Shay escreveu uma carta à Casa Branca “Os problemas de interrupção da cadeia de abastecimento, especialmente o congestionamento que afeta nossos principais portos marítimos, estão causando desafios significativos para os varejistas da América”.

Shay continuou relatando em sua carta, sobre as consequências do congestionamento dos portos “Os problemas de congestionamento não apenas adicionaram dias e semanas às nossas cadeias de suprimentos, mas também levaram à escassez de estoque, afetando nossa capacidade de atender nossos clientes. Além disso, esses atrasos adicionaram custos significativos de transporte e armazenamento para os varejistas”.

O presidente da NRF apontou que, à proporção que a administração Biden passa por revisões da cadeia de suprimentos para setores críticos, incluindo transporte, lidar com o estado atual dos portos do país e da movimentação de carga deve ser um componente crítico da estratégia.

Semana passada, a Casa Branca divulgou a criação de uma Força-Tarefa de Perturbações da Cadeia de Suprimentos .Liderada pelos secretários de comércio, transporte e agricultura, a força-tarefa reuniria as partes interessadas “para diagnosticar problemas e soluções de superfície – grandes e pequenas, públicas ou privadas – que poderiam ajudar a aliviar gargalos e restrições de abastecimento”.

A Federação Nacional de Varejo da América anunciou ontem que uma pesquisa atual com empresas associadas descobriu que 97% dos varejistas indicaram que foram afetados por atrasos em portos e embarques. Mais de dois terços disseram que tiveram que adicionar duas a três semanas às suas cadeias de abastecimento por causa dos problemas de congestionamento, algo que certamente será agravado à medida que as cadeias de abastecimento dos EUA enfrentam o caos criado por um surto de Covid-19 nos principais portos de exportação do sul da China . Os dados atuais por satélite revelam que há um mês, cerca de 100 navios estão ancorados ao largo do sul da China aguardando vagas de atracação, contra 15 navios.

A imensa angustia que os  varejistas nos Estados Unidos estão sentindo, para conseguir dispor o estoque de mercadorias em suas prateleiras, deram uma guinada extraordinária nos últimos dias, quando a Home Depot, maior varejista de materiais de construção dos Estados Unidos, resolveu cuidar do assunto com as próprias mãos; ao alugar uma caixa para transportar seus próprios produtos. As notícias sobre remessas da Home Depot têm criado manchetes na mídia do setor.

Segundo analista contratado pela Splash, a ação da gigante do varejo teria por objetivo, passar uma mensagem aos parceiros de transporte, em vez de avançar com seus próprios planos de transporte autônomo, já que a Home Depot havia levado apenas um navio, o que na melhor das hipóteses, significa viagens mensais.

O analista em um bate papo com a Splash ainda acrescenta “Talvez seja mais um movimento simbólico para que as operadoras saibam que estamos preparados para fazer isso se você não oferecer taxas razoáveis ​​antes ou depois”.

 

Fonte: http://splash247.com