05 de novembro de 2021
As relações comerciais entre os brasileiros e chineses não param de bater recordes históricos. Em 2021, pela primeira vez desde 1997, as trocas comerciais entre os dois países vão se aproximar de US$ 140 bilhões, um marco histórico e, também pela primeira vez na história, as exportações brasileiras para um único país estarão próximas de US$ 100 bilhões. Além disso, entre janeiro e outubro, as trocas comerciais com a China estabeleceram outro recorde: um saldo em favor do Brasil que superou a cifra de US$ 40 bilhões, jamais antes alcançado no comércio bilateral com qualquer outro país.
De acordo com os dados divulgados ontem pela SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério da Economia, de janeiro a outubro as exportações para a China equivaleram a US$ 79,219 bilhões e foram responsáveis por 33,6% de todas as vendas externas realizadas pelas empresas brasileiras no período. A magnitude desses números podem ser compreendida ao se comparar com os Estados Unidos (segundo maior parceiro comercial do Brasil), no montante de US$ 25,269 bilhões (correspondentes a uma fatia de 10,7% das importações brasileiras) e Argentina, terceiro principal destino dos produtos brasileiros no exterior, com vendas no total de US$ 9,87 bilhões.
Nas importações, a China também domina as relações. Até outubro, a China teve uma participação de 22% no volume total de importações feitas pelo Brasil, no valor de US$ 38,965 bilhões, uma alta de 36,8% sobre o mesmo período de 2020, pela média diária. Também houve aumento das compras dos Estados Unidos (33,1%), da Argentina (45,4%) e da União Europeia (27,5%).